Embora as organizações estejam começando a entender a importância dos dados, a tomada de decisão ainda é baseada na experiência, observação e intuição. Nas corporates, 85% delas estão no nível intermediário em cultura e inteligência de dados.
Quanto mais o tempo passa, mais vemos o quanto o conceito de inovação dentro das organizações tem sido mais incorporado como sinônimo de sucesso e competitividade. A globalização e a transformação digital trouxeram muita urgência para esse tema, principalmente após vermos grandes corporações desaparecerem do mapa por falta de adaptabilidade.
Se por um lado estamos mais conscientes da necessidade de inovar mais e melhor para manter nossas organizações vivas, pouco ainda se sabe sobre como desenvolver uma cultura de inovação nas empresas que promova as capacidades que tornam seus colaboradores e seus ambientes mais inovadores.
Quando falamos da cultura de inovação das corporates, empresas de grande porte, esbarramos em diversas barreiras específicas relacionadas aos seus tamanhos. As corporates possuem estruturas organizacionais complexas e hierarquias bem definidas e possuem seus próprios desafios na hora de desenvolver uma cultura de inovação que as mantenha competitivas.
Por isso, realizamos um estudo exclusivo utilizando a nossa Metodologia Innoway para entender e ajudar essas corporações a navegarem com sucesso em seus respectivos mercados. Disponibilizamos este estudo gratuitamente no e-book “Mapeamento da Cultura de Inovação das Corporates”, onde fornecemos insights práticos e orientações eficazes, e ao longo dos próximos tópicos vamos explorar de forma breve um pouco dos aprendizados contidos no material.
Insights das Corporates servem para todos
Independente do tamanho da organização em que você se encontra, os insights do estudo sobre a cultura de inovação nas empresas de grande porte podem e vão ajudar muito a abrir seus horizontes. Algumas questões se tornam mais ou menos agudas dependendo da complexidade da estrutura da empresa, mas os desafios se tornam similares quando tratamos de empresas que participam do mercado brasileiro.
Dentro do estudo, conseguimos tirar diversos aprendizados, sendo os principais relacionados a resistência à mudança, falta de comprometimento das lideranças e baixa governabilidade da inovação. Confira abaixo.
Resistência à mudança
Quando queremos sugerir mudanças nas organizações, principalmente quando recém entramos e estamos aprendendo sobre o produto e seu mercado, muitas vezes esbarramos com colaboradores que demonstram desânimo. A frase “aqui sempre foi assim” já foi ouvida pela maioria dos profissionais, mas será que ela ainda é uma resposta válida?
Descobrimos no estudo que muitos gestores lançam projetos de inovação isolados em suas empresas. Eles acreditam que, nessas iniciativas, os colaboradores terão a oportunidade certa para desenvolverem suas capacidades de inovação e mudarem a organização como um todo.
Ao questionarmos os liderados, vimos que 44% dos colaboradores das corporates afirmam que ainda faltam oportunidades para se desenvolver e que 38% deles defendem não ter autonomia suficiente para questionar o “aqui sempre foi assim”.
Foi aí que descobrimos que apenas 39% das organizações estudadas cultivam características que as tornam capazes de criar valor ao explorar o futuro. E sabemos que, para as organizações que estão conectadas ao mundo, a adaptabilidade é uma característica essencial de suas culturas. Afinal, ter maior adaptabilidade no presente gera muito valor para elas no futuro.
Além disso, pessoas iguais costumam pensar igual e dificilmente criam uma variabilidade de ideias que permita construir soluções verdadeiramente inovadoras. Abraçar a diversidade na hora de contratar é permitir que as diferenças ampliem a quantidade de caminhos que podemos seguir para chegar de forma competitiva ao futuro. Os números não mentem: 48% das organizações estudadas ainda precisam estruturar estratégias para aumentar representatividade, autenticidade e inclusão dentro delas.
Liderança comprometida
E na hora de promover a cultura de inovação nas empresas, a liderança tem papel crucial para o sucesso dela. A cultura é um conjunto de comportamentos que fluem da mais alta hierarquia à mais baixa, mostrando que as pessoas na alta direção são as que ditam quais comportamentos são aceitáveis ou não pelos colaboradores.
É aí que entramos na conversa sobre chefia e liderança. Em nossos estudos, descobrimos que 68% das corporações estão num nível de inovação que ainda demonstra falta de sinergia, orientação e liderança real para impulsionar as empresas a empreender e desafiar padrões. Ou seja, são os líderes os verdadeiros responsáveis por inspirar e sustentar a transformação digital e humana nesses espaços.
Sabemos também que 61% das corporações ainda estão na metade do caminho nas suas transformações digitais. A resistência à mudança também aperta nesse ponto, sem falar de que há certa insistência em praticar iniciativas isoladas de inovação e não um investimento sólido em transformação da cultura de inovação nas empresas.
Embora as organizações estejam começando a entender a importância dos dados, a tomada de decisão ainda é baseada na experiência, observação e intuição. Nas corporates, 85% delas estão no nível intermediário em cultura e inteligência de dados. Para que atinjam o próximo nível, são as lideranças as responsáveis por guiar as corporações neste longo caminho a ser percorrido na hora de transformar os dados em conhecimento e estratégia.
Governança e baixa competitividade
Ainda entre líderes e chefes, podemos citar Goethe falando que “aprender a dominar é fácil, mas a governar é difícil”. Dominar, comandar e controlar faz parte do jeito antigo de chefiar um time. Portanto são necessários líderes para promover uma boa governança da inovação nas empresas, afinal são eles que permitem que a inovação flua por toda a organização.
Quando falamos da cultura de inovação das corporates, 95% delas apresentam falta de clareza e autonomia dos times, falta de uso de ferramentas ágeis e de definição clara de papéis e formas de trabalhar. Para administrar os três horizontes da inovação, são necessárias práticas e ambientes propícios para inovar. Sem isso, torna-se muito custoso tentar inovar sem uma estrutura que o sustente.
Uma governança ainda não estabelecida é uma das causadoras de uma baixa competitividade e impacto, categoria do estudo onde 58% das corporações analisadas se consideraram intermediárias. E quando falamos de impacto socioambiental, impulsionado por uma estratégia de ESG bem definida, 74% das empresas ainda não dão a devida importância para isso.
Aqui, na Innoway, acreditamos em transformar o presente para impactar o futuro, e fazemos isso acelerando a cultura de inovação das organizações que definem o mercado de amanhã. Ainda temos muito trabalho pela frente para transformar a cultura de inovação nas empresas como um todo, por isso contamos com você para chegarmos lá juntos.
Gostou deste artigo? Este foi apenas um pedaço do que explicamos com mais profundidade no nosso e-book “Mapeamento da Cultura de Inovação das Corporates”. Baixe o material gratuitamente clicando aqui e aproveite toda a análise especializada dele.